Nossa revisão do NieR: Automata, 18 meses depois

Desde o seu anúncio no palco da E3 2015 Nier: Automata ele conseguiu atrair muita atenção: desde os primeiros rumores sobre o título falava-se de um RPG de ação com elementos Bullet Hell nascidos da colaboração entre a Square Enix e a Platinum Games.

Nossa revisão do NieR: Automata, 18 meses depois

NieR: Automata fala de um futuro distópico onde a humanidade, posta de joelhos por um ataque alienígena, é forçada a se refugiar na Lua e usar andróides de combate para a contra-ofensiva.



Seguiremos os eventos de três modelos de autômatos chamados 2B, 9S e A2. Nosso objetivo, pelo menos inicialmente, será muito simples: destruir as biomáquinas enviadas à Terra pelos misteriosos invasores alienígenas, porém isso se mostrará apenas a ponta do iceberg de uma história muito mais sombria.

Por mais sem originalidade que seja o conceito (e também o desenvolvimento do enredo), a força de NieR: Automata reside, paradoxalmente, na carga emocional que cada cena consegue transmitir.

O jogo é palco de uma crítica feroz à sociedade japonesa moderna, agora desgastada pela ética do desempenho do trabalho perfeito como único propósito na vida.

Yoko Taro, diretor do jogo, apesar do setor narrativo sublime, nunca conseguiu se firmar como personagem de destaque no meio videogame devido às atuações desastrosas e à jogabilidade apenas suficiente proposta em seus trabalhos anteriores.

Este último ponto é resolvido desta vez graças à colaboração com a Platinum Games, os gerentes de muitos jogos de ação de sucesso, como Bayonetta e Metal Gear Rising, que, graças à sua experiência bem estabelecida com o gênero, conseguiram dar a Automata uma jogabilidade de todo respeito.

O título, já nos estágios iniciais do jogo, nos mostra sua natureza múltipla, pois passaremos de um clássico shooter em voo com rolagem vertical e horizontal para um dualstick, finalmente "emulando" a câmera do clássico metroidvania, mas infelizmente a maioria destes recursos estão restritos a algumas áreas do jogo e as seções de vôo serão limitadas a certos eventos da trama, castrando a jogabilidade geral do título, durante a maior parte da aventura teremos de fato a clássica câmera em terceira pessoa típica dos jogos de ação.



Nossa revisão do NieR: Automata, 18 meses depois

O jogo, seguindo a filosofia de jogabilidade ao estilo Platinum, permite combos com ataques leves e pesados ​​marcados por duas armas diferentes. Cada personagem pode configurar até dois conjuntos de equipamentos que podem ser trocados em tempo real durante a luta para oferecer mais movimentos, além disso, cada protagonista é equipado com um Pod que, além de atuar como um elo entre os protagonistas e o comando center, será utilizável como ataque à distância, ação que pode ser realizada simultaneamente com os melees, a fim de aumentar o dano infligido aos oponentes.

A variedade de comandos, no entanto, não se limita apenas ao combate: graças ao Pod os protagonistas podem "planar" de alturas consideráveis ​​simplesmente agarrando-se a ele e, pressionando o botão quadrado durante a queda, é possível realizar uma ataque que, além de danificar qualquer inimigo à nossa frente, nos garante um pequeno empurrão para a frente, para pousar talvez em pontos do mapa que não são facilmente alcançáveis ​​com um simples salto duplo. Uma outra ação (que só descobri após cerca de cinquenta horas de jogo) nos permite realizar um impulso real basta pular, pressionar R1 + X ao mesmo tempo e inclinar o joystick direito na direção desejada.

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Quanto ao mundo do jogo, este será dividido em seis áreas que serão desbloqueadas conforme você avança na aventura, lembrando um pouco o método utilizado no clássico The Legend Of Zelda, cada área de fato nos apresentará uma configuração cada. completamente diferente do outro, teríamos um vasto deserto, uma floresta densa e até um parque de diversões em ruínas.

As missões secundárias que envolvem a obra, embora algumas desfrutem de uma escrita verdadeiramente excepcional, no entanto, falham na consistência, a maioria deles de fato levará o jogador a assumir o papel de entregador e viajar por todo o mundo do jogo para entregar itens e depois retornar ao ponto de partida da missão para coletar a recompensa. Esse tipo de missão também é acompanhado por outros pedidos clássicos, como a destruição de um determinado grupo de inimigos e a coleta de informações. Uma pena, pois, como mencionado acima, dada a natureza muito flexível do título, poderia ter variado mais.



Uma escolha interessante, no entanto, é usada no gerenciamento da história principal, já que, para continuar nesta última, você terá que chegar aos créditos finais com cada personagem. O título inicialmente nos colocará no comando do andróide 2B ladeado pela unidade Scout 9S, assim que chegarmos ao ápice da trama o jogo nos mostrará os créditos, após o que começaremos novamente com a diferença que desta vez teremos controle de 9S que, apesar de compartilhar grande parte da jornada com o protagonista anterior, terá experiências diferentes.

Nossa revisão do NieR: Automata, 18 meses depois

Uma nota de mérito também vai para a trilha sonora, premiada no último Game Awards, composta por Keiichi Okabe. As notas que nos acompanham durante a aventura conseguem dar vida a um mundo agora em decadência, conseguindo até nos dar arrepios graças a uma combinação perfeita de imagens na tela que reagem ao ritmo da música.

INFORMAÇÕES ÚTEIS

Joguei o título por mais de sessenta horas na dificuldade Normal no PS4 Pro, obtendo todos os finais, completando todas as missões e coletando a maioria dos colecionáveis.

Duração
  • São necessárias pelo menos vinte horas de jogo para assistir a todas as finais principais.
Estrutura
  • Quatro níveis de dificuldade: Fácil, Normal, Difícil, Muito Difícil.
  • Resolução de 1080p no PS4 Pro, 900p no PS4 Standard.
  • Alvo de 60 FPS em ambas as versões do PlayStation 4, mas com quedas esporádicas, PS4 Pro mais estável.
  • Textos e legendas em italiano, dublagem em inglês ou japonês.
Colecionáveis ​​e Extras
  • Peixes, documentos e inimigos particulares para completar um arquivo.
  • Obter e atualizar totalmente todas as armas e equipamentos leva ao desbloqueio de conteúdo extra.
  • Acessórios estéticos para os três protagonistas.
Cartão de jogo
  • Nome do jogo: Nier: Automata
  • Data de lançamento: Março 10 2017
  • Plataformas: PC, PlayStation 4
  • Linguagem de dublagem: inglês, japonês
  • Idioma dos textos: Inglês italiano
Nossa revisão do NieR: Automata, 18 meses depois

Nier: Automata, apesar de alguns defeitos devido à teimosia das casas de software japonesas em não querer inovar algumas mecânicas de jogo, ainda consegue ser um título emocionante que conseguirá manter os jogadores grudados na tela por horas, dando cenas e emoções inesquecíveis como, infelizmente, poucos videogames eles conseguem fazer hoje em dia.



Revisão por Andrea Dall'Oglio
gráficos

Ambientes bastante precisos, mas não muito detalhados, as texturas às vezes deixam a desejar mesmo no PS4 Pro.

75
TRILHA SONORA E QUARTO DUPLO

Trilha sonora emocionante, especialmente durante lutas contra chefes. Dublagem japonesa um degrau acima da inglesa.

95
JOGABILIDADE

Excelente sistema de combate, pouca variedade nas missões secundárias, curva de dificuldade muito acentuada de Normal a Difícil, flexibilidade entre gêneros pouco utilizados.

80
Escala de classificação total
83
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